terça-feira, 15 de maio de 2007

National Geographic apresenta... Joaquim, o homem-porco!

Leve e alegre, lá vai ela, a bolsinha a abanar no braço enquanto saltita pelo passeio que a leva até casa. Depois dos transportes públicos, das horas de trabalho, das bolhas nos pés de tanto andar, sente-se feliz por mais um dia de missão cumprida e acha que merece uma medalha.

"OH BIFANA DEIXA-ME SER O TEU PÃO!"
Ela pára assustada. Um homem sem dentes, palitinho na boca, a camisa aberta com o pêlo do peito bem encaracolado a espreitar cá para fora, o fio de ouro a decorar o decote arrojado, a pança de cerveja a ameaçar levar à morte um botão. EHEHEH faz ele da janela da carrinha que, entretanto, já o levou para longe.
E ela pensa: será que o homem acredita mesmo que uma frase daquelas poderá, alguma vez na vida, em algum cantinho do Universo, trazer-lhe uma mulher?!
Nestas situações, apetecia-me ser um homem, mas um barrasco mesmo. Trazer uma imperial fresquinha do balcão, sentar-me de pernas abertas na mesa dele, e ensinar-lhe umas coisinhas enquanto coço o ouvido com o mindinho. Explicar ao Joaquim que elas não gostam de ser chamadas de febras, nem bifanas, nem asinhas de frango. Não, elas não gostam do assobio, do buzinar do camião que as faz saltar do passeio, do boooooooooa com perdigotos. Joaquim, elas nem sequer gostam quando fazes os músculos das maminhas saltarem!
O Joaquim pode ser alto, baixo, gordo, magro, velho, novo, branco, preto, azul, amarelo, coxo, e pode nem se chamar Joaquim, mas que eles andam aí, andam! E são os Joaquins que levam à ruína muitos dos outros que, sem serem Joaquins, tentam abordar mulheres e levam os olhares mortíferos de desprezo ("aqueles" olhares, frios, gélidos, que deixam qualquer homem a sentir-se miserável) por parte do sexo feminino.
Acredito que, para muitos Joaquins, haja Joaquinas prontas a fazer de febra. Mas arriscaria dizer que, a maioria, preferia algo mais subtil, mais... educado!
Donde vem esta necessidade ridícula e compulsiva do Joaquim?
Antes de mais, reparemos: o Joaquim anda, quase sempre, em grupo. Raramente o Joaquim adopta essa postura quando está sozinho. É quando está em grupo, com os seus semelhantes, que o Joaquim sente que tem de se manifestar. Tal dança tribal ou ritual de acasalamento, grita umas coisas, faz uns gestos, dá nas vistas. Sozinho, porém, o Joaquim costuma ser tão dócil como uma ovelhinha, e até é capaz de baixar a cabeça quando passamos por ele.
Segunda nota: o Joaquim só costuma surgir quando percebe que tem tempo para se afastar. Seja de carro, de mota, ou de triciclo, o Joaquim procura situações em que não tenha de ser confrontado com a "febra" que, muito provavelmente, o fará perceber como é ridículo.
Terceira nota: o Joaquim fala muito e faz pouco. Geralmente, se confrontado com acção, tem sempre uma desculpa gaguejada para voltar atrás.
O comportamento do Joaquim tem muito mais que se lhe diga. É só olharem à vossa volta: ele não passa despercebido!
Mas quanto não teria a ganhar o Joaquim se se tornasse Juan?...



4 comentários:

Guizita disse...

Não gosto do homem porco!=P mas k eles há, há!LOL!

Lobka disse...

LOL
Tá muito giro!
Bem, a minha opinião é que eles fazem isso, não com o intuito de levar a febra para casa, mas para a chatear! Pois estas abordagens nunca são feitas cara-a-cara, como tu propria disseste. Estes oinc-oinc são uns verdadeiros mémés quando se aproximam das febras vitimas do seu desejo!

PS: Se não tem dentes, para que serve o palito??

Kristyna disse...

O k mais anda prai são BARRASCOS!
E chego mm a arriscar dizer k é contagioso... engane-se kem pensa k é só o homem das obras, o mecanico ou o jardineiro... cada vez mais são akeles executivos, mtos deles com idade pra serem nossos pais e kiçá nossos avós, de cabeça esticada fora dos seus BMW e Mercedes, a mandar os seus piropos ou então a lançar akeles olhares k, de tão ordinários, quaase nos fazem sentir nuas!
Acho k olhar n faz mal, n tira pedaço e qq mulher, diga ela o k disser, gosta de se sentir bonita, observada... gosta de perceber k um homem, qd passa, n fika indiferente! Porem, tenho a dizer k ha milhentas formas disso acontecer sem ser necessário recorrer à má educação, ordinarice, selvajaria e piadas k, de engraçadas, n têm nd!

Bju *****

Lolly disse...

O palito é o elemento essencial para compôr o seu estilo!! Qualquer mulher gosta de ver o palitinho com pedaços de comida a abanar n é verdade? :P