quinta-feira, 31 de maio de 2007

GMDT*


Quem, da minha geração, não se lembra dos famosos inícios de conversas, no já quase extinto mIRC? Do "oi dd tc" passavam a "tens foto?" e, caso a resposta fosse negativa, era-nos pedido um retrato pormenorizado. Nunca a internet viu tanta gente bonita, como no tempo em que as palavras contavam para alguma coisa...

O msn, com um universo relativamente fechado de contactos, perdeu alguma da sua força enquanto potencializador de romance entre estranhos mas veio revolucionar as relações entre conhecidos. Protegidos pelos ecrãs do nosso computador, que não coram, não choram, não riem, tornávamo-nos super homens e mulheres, capazes de conquistar e ser conquistados à velocidade do nosso modem, insensíveis a uma nega ou a promessas de algo mais. E quando tudo parecia resolvido, chegou o HI5: o mais famoso cupido virtual, onde milhões e milhões de caras (e corpos) se misturam, como numa gigantesca base de dados por onde escolher o parceiro ideal. À distância de um clique, o amor. Nunca foi tão fácil encontrar a pessoa perfeita.... então, porque é que parece que, cada vez mais, as relações tendem a não durar?

Morreu o Don Juan, o romantismo, o namoro de janela e os sorrisinhos por detrás da mão. Acabaram-se os ramos de flores, em detrimento de postais electrónicos com passarinhos animados que dançam e cantam baladas de amor. E fica a sensação de que, por mais informação que possamos pôr sobre nós numa página de Hi5, nunca as pessoas se conheceram tão mal.

Porque, se calhar, há coisas que merecem olhos nos olhos. Se calhar o toque não pode ser substituído pelas teclas frias do portátil e os smiles nunca serão capazes de exprimir o mesmo que os nossos músculos quando se contraem.

Se calhar é tempo de sair à rua e encontrar alguém de verdade. Alguém que nos dê gelado à boca e nos ensine o nome das constelações. Constelações no céu, e não desenhadas num fundo negro do ecrã.

E, numa altura em que podemos falar com quem quisermos quando quisermos, a partir do nosso computador-caixa mágica, parece-me que o homem nunca esteve tão sozinho e o amor nunca foi tão vazio...


*legenda do título: Gosto Muito De Ti

sexta-feira, 25 de maio de 2007

A minha selecção!

Agora sim, podem esfregar as mãos todos aqueles machinhos que, desde o início deste projecto, o conotaram como uma cena de miúdas, acusando-nos variadíssimas vezes de femininismo (claro, há verdades que custa admitir, não é?!).
Hoje sim, vou dar-vos de bandeja algo realmente girly: a MINHA selecção de homens célebres! Sim, escolhi-os a dedo, seja pelo físico, carisma, voz, presença, carreira ou sentido de estilo. E antes que me acusem de estupidez futebolística, explico desde já que, invés de 11 seleccionados, encontram-se 12 porque, confesso, fui fraca, não podia deixar ninguém de fora, e um suplente faz sempre um jeitão tremendo.
Sem mais demoras... aqui estão os MEUS 12 magníficos:

Tupac Amaru Shakur... que há para dizer? Mais do que um rapper, é uma lenda! Irreverente, destemido e fiél à sua mensagem! Acima de qualquer atracção, este homem tem o meu respeito!
Fabio Cannavaro... um belíssimo jogador italiano, no qual nunca tinha reparado mas, agora que o fiz, gosto do que vejo... gosto mesmo muito!

George Clooney... sim, tem idade para ser meu pai, mas admitam lá: é ou não um cota charmoso à brava?! Admiro a sua carreira, o facto de ter um porco como animal de estimação (que morreu recentemente... os meus mais sinceros sentimentos!) e de preferir a calma da sua villa em Itália, do que o glamour de LA, por exemplo. Quando uma mulher se casa tem sempre a esperança que, daí a muitos anos, o seu marido seja algo parecido com um homem destes. LOL... é MESMO verdade!

Jenson Button... piloto de Fórmula 1 da Honda... Giro, o moço, não é? A Honda tem destas coisas: bons carros e, pelos vistos, bons pilotos!

Manuele Blasi... outro jogador italiano igualmente belo! Que dizer? As italianas devem ser mesmo mulheres de sorte!

Matt Pokora... um cantor de R&B francês que, pelo que sei, faz furor por aquelas terras! Será das músicas? Ou daquela carinha de bébé que parece que não faz mal a uma mosca? Tenho a admitir que o seu estilo nem sempre é o melhor - demasiados acessórios que o tornam um bocadinho bimbo - mas, de resto, as imagens falam por si!

Pierce Brosnan... outro cinquentão charmoso a valer! Desde muito nova que o admiro. Talvez seja aquele seu jeito brittish, o seu requinte, a sua elegância, o seu charme... seja o for, it works for me!

Reynaldo Gianecchini... actor brasileiro... puro pedaço de mau caminho! Não consigo dizer mais nada senão: PUXA O LENÇOL! lololol (se não fosse 100% sincera não poderia viver mais comigo mesma).

Vin Diesel... actor americano que encontrou a fama nos filmes Velocidade Furiosa e XXX. Apesar dos músculos não serem o meu forte, este senhor tem algo de muito cativante, já para não falar da voz que é simplesmente de cortar a respiração! Mas claro que o físico, a sua postura de bad boy e as tatuagens lhe dão um ar... apetecível!

Wenthworth Miller... o famoso protagonista da série de televisão Prision Break! Se noutros casos não sei ao certo o que me fascina, nele eu sei exactamente o que é: o olhar!


DMX ... bem ao estilo de 2Pac e Vin Diesel, este rapper americano prende-me a atenção, não só pela postura dspreocupada que assume na vida, como pela sua voz rouca, sexy e agressiva! Impossível não me fascinar por alguém que, ora mostra o seu lado mais rebelde, ora o seu lado mais sensível.


Channing Tatum... actor americano protagonista no filme Step Up. Além de jovem, bonito e bem constituído, é também um excelente bailarino e, só por isso, merece estar na minha selecção!


Interessante? Fútil? Talvez... Mas o que importa?! Senti-me na obrigação de partilhar isto convosco porque, para ser sincera, até eu me sinto muitas vezes com problemas em destacar alguém famoso que ilustre os meus gostos. Com este post sei que, da próxima vez, já terei, pelo menos, 12 nomes na ponta da língua.
Sinto-me ainda com o dever moral de vos alertar que, sem sombra de dúvida, a beleza das pessoas não está no exterior e que, muitas e muitas vezes, podemos ser traídos pelos nossos olhos, pois nem todas as caras bonitas escondem corações igualmente bonitos.
Sem mais nada a acrescentar... APRECIEM!

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Só gosto de ti, e de ti, e de ti... vá e de ti também!




Ele tem uma mulher, uma namorada e uma amante... até agora, tudo bem, nada de extraordinário nos tempos que correm. (caro leitor, caso esteja a espumar da boca num gesto de pura indignação veja a nota no fim do texto. Obrigada)


Surpreendeu-me, porém, o facto de estar metido com as 3 na cama ao mesmo tempo. Isso, as 3. Sim, ao mesmo tempo. Aventura? Prenda de anos? Último desejo concedido a um homem moribundo? Nada disso! Este senhor vive com as suas TRÊS mulheres, numa tranquila casinha dos EUA. É aquilo a que nós chamamos polígamo. Cheio de amor para dar, o seu coração não fica preenchido com uma só mulher: "há espaço para muitas, babyyy!". Ora, nisto eu sou muito liberal: se ele está bem, se elas estão bem, se todos são felizes assim, conscientes da existência de todas as partes envolvidas, então... eu estou bem com isso! Desenhem um smile na camisola e vamos comer um churrasco à good old american way! Os poliamorosos tiveram maior destaque na época dos hippies, do amor livre, em que umas drogas para a carola faziam milagres e de repente amava-se o mundo inteiro, mesmo quando minutos atrás se protestava contra ele. Tempo do surgimento do LSD, em que esses mesmos hippies serviram de cobaias para experiências e... bom, estou a desviar-me do tema!


O importante aqui é reflectir sobre o papel de cada indivíduo, como singular, numa relação que, me parece, implica esquecer em grande parte o individual e sacrificar em nome do conjunto. Porque se o senhor fica todo contente de cada vez que muda de cama (hummm o pior é que descobri que a cama é a mesma para todas! Momento bastante traumatizante, em que uma delas diz: Está uma coisa nojenta na cama! ao que ele responde: Não faz mal!), não me pareceu que elas ficassem assim tão animadas por terem de dividir o companheiro entre elas, com direito a dias marcados em calendários espetados no frigorífico!


Uma delas, confessava o seu ciúme ao jornalista, e justificava a sua escolha por nunca ter encontrado alguém que a tivesse tratado tão bem como ele!




Sim, leram bem.




Imagino o quão traumatizada deve ter ficado para, sem qualquer predisposição para relações deste género, e ainda por cima com o monstrinho verde a corroê-la por dentro, aceitar dividir assim o namorado! E queria dizer-lhe: seres bem tratada não é um privilégio, é um direito! O facto de ele te tratar bem não faz com que ele possa ter mais mulheres! E podes encontrar alguém que te trate tão bem ou melhor que ele, sem que o tenhas de partilhar! Podes ter alguém só para ti!


Não se pense, porém, que só os homens se dividem entre várias parceiras. Uma british lady posava para a câmera com os seus dois maridos(?), namorados (?), amantes (?)... bom, com dois homens que vivem com ela.




E eu penso que se alguém pode ser verdadeiramente feliz assim, então é porque já chegou a um estado de maturidade brutalmente elevado. Em que o ciúme não existe. Em que o amor não é exclusivo. Em que ver o nosso companheiro feliz com outra nos faz feliz por extensão.


E tenho a certeza de que sou MUITO imatura nestas coisas... Porque eu parto, eu grito e rasgo. Eu choro, eu juro e cumpro... Ui, é só aquele mau feitio...
Nota: Este texto refere-se ao caso específico de poligamia por mim observado esta manhã, num documentário do canal Odisseia, enquanto tomava o pequeno-almoço. Não venham queimar bandeiras anti-feminismo ou anti-monogamia em frente à minha casa por favor. Além disso, seria uma perda de tempo, visto que tenho os estores corridos. Obrigada, sejam felizes :D Baci e abracci per tutti!
PS - aceitam-se, porém, todos os comentários que respeitem as liberdades dos outros, visto que vivemos em democracia e num país com liberdade de pensamento e expressão consagrada na constituição.
*****

Tenho um caniche!



Sabem como é quando saem do cabeleireiro com um penteado novo que, por milagre, não vos fez jurar nunca mais lá voltar? É um daqueles raros momentos em que não pensamos "Mas que merda é esta?!" e em que queremos andar a pé para todo o mundo poder admirar a nossa nova pelugem capilar...
Mas e quando chega a hora de o lavar pela primeira vez? De repente, eis que o cabelo se descontrola, pontas atiçam-se em todas as direcções, a escova começa a parecer minúscula ao pé da juba e então sim, gritam: MAS QUE MERDA É ESTA?!

SOS mundo, estou num momento desses! O meu lindo cabelo longo foi substituído por um penteado à lá caniche e eu só quero um gorro bonito para o esconder!
"Respira, respira... o cabelo cresce, nada de dramas...! SIM, E ATÉ LÁ? "Pões uns ganchinhos, umas fitinhas..." ARRRRGH (diálogo travado entre mim e o espelho)
Volto a lavar o cabelo, a penteá-lo, a prendê-lo com ganchos e ganchinhos. Encho-o com quilos de espuma na esperança de domar a juba há muito adormecida pelo peso dos meus velhos cabelos compridos.
"Há pessoas que nem sequer têm cabelo!", um argumento estúpido, mesmo vindo de um espelho... Tento concentrar-me nas velhinhas carecas mas de repente lembro-me que não conheço nenhuma velhinha careca. Lembro-me daquele árbitro que não tem pêlos e vejo se me consigo sentir melhor (é horrível, eu sei, tentar sentir-me melhor com o sofrimento dos outros, mas neste momento não estou em mim, caramba!) Sei que tenho uma afro que usei no carnaval, mas acho que, mesmo assim, o caniche é menos medonho visto de longe...

É inútil! Dedico-me a criar uma lista de aspectos positivos:

  • menos calor no verão

  • menos trabalho a pentear

  • menos.....

pronto, é curta mas existe, e já se sabe que isso do tamanho não interessa para nada!

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Às vezes é preciso deixar...

Não faço ideia se se trata dum problema de ambos os sexos, ou simplesmente de quem gosta. Certo é que as mulheres sofrem disso: da incapacidade de chegarem à conclusão que já chega!

Relações são levadas até extremos, embrenhadas em discussões e faltas de respeito, só porque, quando se ama, é difícil ver o que está mesmo à nossa frente, muitas vezes há já muito tempo.

Porquê lutar tão desesperadamente por um futuro que não tem passado que o justifique? Porquê querer um amanhã se nem sequer houve um hoje? Porquê querer mudar alguém que nem nunca tentou mudar por nós? Porque nos deixamos cegar e falhamos todos os sinais que estão sempre a berrar à nossa volta?

As mentiras, as coincidências mal explicadas, as traições, os esquecimentos, a frieza, a falta de interesse, a ausência de tema, a inércia de planos... tudo isso funciona como altifalante para os nossos sentimentos... pena é que estes sejam surdos que nem uma porta.

Assusta pensar que nos podemos entregar, sem reservas, a algo tão denso e doentio, só porque queremos uma vida cor-de-rosa com alguém... mesmo que não haja nada de cor-de-rosa no passado da relação que sirva de alimento a essas esperanças.



Acredito cegamente que toda a gente, sem excepção, tem a força interior e a capacidade de um dia, demore o tempo que demorar, seja necessário bater com a cabeça as vezes que for, de abrir os olhos, de sentir o clique, de ouvir a voz: "já chega, não dá mais"!

Ninguém gosta de perder, mas penso que desistir seja ainda mais frustrante. Mas na verdade, não se trata, nem duma derrota, nem duma desistência, mas sim da percepção que de facto não dá, que é preciso largar o sonho (ou pesadelo).

Quando percebermos isso, que é impossível lutar por alguém que, para ser sincera, nunca esteve lá, vamos finalmente compreender que o mundo não pára por isso, que aquela pessoa pode não fascinar-se por nós, mas que outras pessoas o fazem e, só por isso, já somos importantes.

Não podemos esperar que aquela pessoa goste de nós se essa for a condição única para gostarmos de nós mesmos. Aquela pessoa pode não admirar-nos, mas muitas outras o fazem. Porque não sentirmo-nos bem com isso? Porque não ver as coisas por outro prisma? O prisma que nos diz que somos boas pessoas, bonitas (por dentro e por fora), cativantes, inteligentes e interessantes.

Não se estima eternamente quem não nos valoriza. Não se pode dar a mão a quem nunca esteve lá para nós. Não podemos esquecer os nossos problemas e objectivos para viver os de outra pessoa. Não podemos fazer planos para quem não nos inclui no seu futuro. Não podemos pensar em quem nunca se lembra de nós. Tudo isto, muito lentamente, leva-nos a perder o nosso carácter e a questionar-nos sobre quem somos afinal.


Sei que, no dia que largarmos os sonhos inconcretizáveis.... (reformulando)... Sei que, no dia que formos capazes de aceitar que afinal não era um sonho, porque os sonhos são bons e fazem-nos sentir bem, seremos capazes de vermos a beleza nas coisas, e de nos aceitarmos como belos para quem nos estima.




Homens ou Mulheres? Qual o nosso verdadeiro inimigo?

Dá que pensar!

Esta minha opinião pode ser algo rebuscada, eu admito, mas baseia-se única e exclusivamente na minha experiência de vida e, como tal, é totalmente falível.

A minha atribulada vida de quase 22 anos (lol) mostrou-me (talvez infelizmente) que os piores inimigos das mulheres são exactamente as outras mulheres! É triste, mas é a realidade.


Nisso tenho de dar a mão à palmatória: somos mesmos estúpidas! Ao invés de nos unirmos (visto que sofremos todas dos mesmos males), tal como os machos fazem, NÃO! Preferimos a disputa acesa e constante que acaba por dar espaço aos homens para as mais variadas manobras de safadice.

A grande diferença, nesta questão, entre os sexos é que os homens encobrem-se, aceitam os defeitos uns dos outros (afinal trata-se dum mal de que todos padecem!), e abafam os segredos não permitindo qualquer tipo de fuga de informação. Eles não se julgam, não se criticam, não viram costas e comentam a meio mundo. [Nota: todas as regras têm excepções. Também existem homens cuscos e venenosos, assim como alguns grupos masculinos onde a intriga reina!]

Já nós, mulheres, sabemos dos segredos, nomeadamente aqueles mais pôdres, e à mínima hipótese toca a falar mal, a criar boatos, e mesmo a usar essas informações para usufruto da nossa malícia ou interesse.

E o problema é que nós somos sempre mais perigosas que os homens porque, a nossa capacidade manipulativa, pode ser algo tão poderoso ao ponto de ser considerado perigo público. Mais uma vez, invés de usarmos a nossa creatividade esquemática para nos salvaguardarmos de muitos bois que por aí pastam, não, achamos mais giro andar por aí a cuspir veneno na cara umas das outras (se bem que até costuma ser mais nas costas!).

Os homens nisso são, como quase em tudo o resto, mais básicos. São frontais, usam poucas palavras e, visto que quase todos têm culpas no cartório, para quê desenterrar certos assuntos, certo? Só que neste assunto, esse minimalismo de carácter, é benéfico.

Nós embirramos com tudo. Admitam lá: é ou não é daquela rapariga que mais chama a atenção que menos gostamos? É ou não é daquela mulher que mais nos faz frente (seja na roupa, no cabelo, nos sapatos, na forma de falar, na disputa pela atenção num grupo...) que mais detestamos? E, para tão bem manifestar isso, vem logo aquela típica, e quase ancestral, frase: "Não fui nada com a cara dela!".

LOLOL... isto é lindo porque, à medida que partilho isto convosco, revejo-me em inúmeras situações idênticas e tenho a admitir que, algumas vezes, não tive razão para tal, e corri mesmo o risco de deixar pessoas fantásticas passarem-me ao lado.

Apesar de ser mulher, e de ter esperança que as coisas um dia mudem, tenho a dar-vos o meu conselho: entre um homem e uma mulher, desconfiem igualmente dos dois, mas nunca baixem a guarda perante o vosso semelhante. Uma mulher consegue sempre ser mais falsa, vingativa, destruidora e manipulativa quando quer realmente algo.

A minha conclusão é simples: temos de mudar e tem de começar dentro de cada uma de nós, nos nossos comportamentos e ideias. É preciso deixar um bocado para trás os preconceitos, a hipócrisia, o falso moralismo, a inveja, a atitude defensiva sempre que estamos na presença de alguém que, de alguma forma, compete connosco.

Nem todas as mulheres querem ser melhores que nós e cada qual tem de se valorizar pelo que é; temos de tentar ser o melhor que podemos, e não o melhor que as outras são. Roupas mais caras, postura mais vaquinha e tagarelice no auge não é sinónimo de qualidade. Nem toda a gente quer roubar o nosso homem nem fazer-se a todos os nossos amigos. É preciso separar as águas.

Um pouco ao estilo de "juntas controlaremos o mundo", é de facto necessário reunir tropas, identificar aliadas (afinal de contas nunca sabemos quando estamos a perder a chance de ter uma nova boa amiga) e definir estratégias. Estas manipulações destrutivas no nosso mundo fashion permite a uma parte considerável dos homens aproveitar-se das nossas fraquezas, e arrisco mesmo dizer, usando-nos umas contra as outras.

Deste modo, nada mais tenho a dizer senão:

Sozinhas somos fortes. Unidas somos imbatíveis!!!

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Ataques primaveris



Será o sarapintado das flores nos campos? O chilrear dos pássaros nas árvores? O pólen que tal poção mágica se espalha pelo ar e nos adoça os sentidos?



O mistério da primavera ainda está por explicar (pelo menos, a mim nunca niguém mo explicou), mas a verdade é que as coisas mudam quando chegamos a esta época. Coraçõezinhos nos olhos, algo palpita mais forte dentro de nós, emoções à flor da pele... Nos chamados animais irracionais, é a época privilegiada da procriação. O meu lado de menina grita-me que é a época de amor animal: nem mesmo os bichinhos conseguem resistir ao apelo de Vénus, e por momentos estão mais próximos do homem, quando o girafo se apaixona pela girafa e vice-versa. Os seus pescoços elegantes agitando-se, enquanto correm, de patas abertas, um para o outro (em câmera lenta e com uma balada qualquer como pano de fundo), terminando num longo pescaço (abraço de pescoços).


Curiosamente, a primavera parece trazer ao de cima o lado mais sensível do homem. Somos insensíveis porque não lhes dizemos como estão bonitos, porque não nos rimos de uma piada ou até porque nos rimos demais. Somos frias quando não nos comovemos com a história de uma cadela que teve 13 cachorrinhos ou quando não queremos traficar passarinhos (lol).

Nos últimos tempos tenho-me sentido masculina. Não deixei crescer os pêlos das pernas nem aderi à Sport Tv 24h por dia, mas tanta conversa sobre insensibilidade fez-me pensar em como somos chatas. Em como às vezes não repararem no nosso corte de cabelo não quer dizer nada. Em como fazer um drama porque não nos responderam a uma mensagem é algo assustador. Em como exigir que nos ouçam sempre com toda a atenção do mundo quando falamos duma camisola super gira que vimos numa loja é uma missão condenada ao fracasso ou condenar o respectivo a uma depressão.

Nunca compreendi tão bem os homens como esta primavera! Amigos, digo-vos honestamente que por momentos cheguei a ter pena de vocês: bolas, que coragem!



Esta primavera já deu o que tinha a dar. Venha o Verão! Estação da roupa justa, da pouca roupa, do calor, dos olhares e dos sorrisos. Estação das noites quentes, das noites longas, dos dias na praia de papo para o ar. É que Verão rima com Paixão....



terça-feira, 15 de maio de 2007

National Geographic apresenta... Joaquim, o homem-porco!

Leve e alegre, lá vai ela, a bolsinha a abanar no braço enquanto saltita pelo passeio que a leva até casa. Depois dos transportes públicos, das horas de trabalho, das bolhas nos pés de tanto andar, sente-se feliz por mais um dia de missão cumprida e acha que merece uma medalha.

"OH BIFANA DEIXA-ME SER O TEU PÃO!"
Ela pára assustada. Um homem sem dentes, palitinho na boca, a camisa aberta com o pêlo do peito bem encaracolado a espreitar cá para fora, o fio de ouro a decorar o decote arrojado, a pança de cerveja a ameaçar levar à morte um botão. EHEHEH faz ele da janela da carrinha que, entretanto, já o levou para longe.
E ela pensa: será que o homem acredita mesmo que uma frase daquelas poderá, alguma vez na vida, em algum cantinho do Universo, trazer-lhe uma mulher?!
Nestas situações, apetecia-me ser um homem, mas um barrasco mesmo. Trazer uma imperial fresquinha do balcão, sentar-me de pernas abertas na mesa dele, e ensinar-lhe umas coisinhas enquanto coço o ouvido com o mindinho. Explicar ao Joaquim que elas não gostam de ser chamadas de febras, nem bifanas, nem asinhas de frango. Não, elas não gostam do assobio, do buzinar do camião que as faz saltar do passeio, do boooooooooa com perdigotos. Joaquim, elas nem sequer gostam quando fazes os músculos das maminhas saltarem!
O Joaquim pode ser alto, baixo, gordo, magro, velho, novo, branco, preto, azul, amarelo, coxo, e pode nem se chamar Joaquim, mas que eles andam aí, andam! E são os Joaquins que levam à ruína muitos dos outros que, sem serem Joaquins, tentam abordar mulheres e levam os olhares mortíferos de desprezo ("aqueles" olhares, frios, gélidos, que deixam qualquer homem a sentir-se miserável) por parte do sexo feminino.
Acredito que, para muitos Joaquins, haja Joaquinas prontas a fazer de febra. Mas arriscaria dizer que, a maioria, preferia algo mais subtil, mais... educado!
Donde vem esta necessidade ridícula e compulsiva do Joaquim?
Antes de mais, reparemos: o Joaquim anda, quase sempre, em grupo. Raramente o Joaquim adopta essa postura quando está sozinho. É quando está em grupo, com os seus semelhantes, que o Joaquim sente que tem de se manifestar. Tal dança tribal ou ritual de acasalamento, grita umas coisas, faz uns gestos, dá nas vistas. Sozinho, porém, o Joaquim costuma ser tão dócil como uma ovelhinha, e até é capaz de baixar a cabeça quando passamos por ele.
Segunda nota: o Joaquim só costuma surgir quando percebe que tem tempo para se afastar. Seja de carro, de mota, ou de triciclo, o Joaquim procura situações em que não tenha de ser confrontado com a "febra" que, muito provavelmente, o fará perceber como é ridículo.
Terceira nota: o Joaquim fala muito e faz pouco. Geralmente, se confrontado com acção, tem sempre uma desculpa gaguejada para voltar atrás.
O comportamento do Joaquim tem muito mais que se lhe diga. É só olharem à vossa volta: ele não passa despercebido!
Mas quanto não teria a ganhar o Joaquim se se tornasse Juan?...



segunda-feira, 14 de maio de 2007

Hipocrisia masculina?!

A polémica história do homem boi e da mulher vaca fez-me reflectir sobre a eterna guerra dos sexos, até hoje sem vencedor aparente! E atrevo-me a afirmar que esta história tem muito que se lhe diga, ai tem tem!

Antes de mais é importante dizer que as mulheres NÃO são vítimas nenhumas! Podemos não ser mais, mas DE CERTEZA que não somos menos! Felizmente não somos nenhumas coitadinhas, armadas em frágeis e púdicas, porque (e mais uma vez felizmente) já existem meios mais que suficientes para uma mulher vingar na vida mesmo sendo (em maior parte das vezes) fisicamente mais fraca!

Fomos vítimas SIM quando não podiamos frequentar os mesmos sítios, entrar nos Jogos Olímpicos, desempenhar os mesmos cargos ou até mesmo votar. A Idade Média há muito ficou para trás e ALELULIA SISTER que assim seja.

De burra a mulher não tem nada, só se quiser... por isso, essa bengalinha rasca em que os homens se apoiam, refutando que não conseguimos carregar baldes de massa nas obras, ou trocar um pneu sem ajuda, não passa dum mito. Digamos que nos encostamos uns nos outros: a mulher usa a força masculina para esses trabalhos, tal como os homens se apoiam nos nossos dotes culinários para sobreviver... uma mão lava a outra, meus caros!

Se a situação já esteve bem caótica, certo é que existe ainda um longo caminho a percorrer no que diz respeito à aceitação da mulher enquanto igual. E não digo quanto a capacidades fisícas e intelectuais, mas sim no que toca à moral, ao preconceito, aos princípios, à forma como a mulher é vista e quase sempre julgada.

Vejamos então alguns exemplos:
* Se um homem faz musculação e sai para a rua - t-shirt apertadinha a mostrar a peitaça, calcinha justa a exibir o rabinho empinado e durinho - é CLARAMENTE, e sem sombra de dúvida, porque gosta de desporto! Se for uma mulher a arranjar-se de forma a exaltar os seus atributos, sejam eles uns belos faróis ou um belo traseiro (como diz o meu amigo, na brincadeira, claro)... é PUTA, é oferecida, parece mal, e se entretanto for violada é aceitável porque, pronto, provocou!
* Se um homem vai para a noite, tenta engatar uma mulher ao balcão de um bar é perfeitamente aceitável, coitado, afinal está só a tentar a sua sorte! Se for uma mulher a fazê-lo (sim, porque para quem ainda não sabe, as mulheres também têm desejo e necessidades carnais)... é PUTA, é porca, é desavergonhada, devia era estar em casa a coser meias!
* Se um homem comprometido trai, seja com uma só mulher ou várias, é chato, mas o que se pode fazer? É um garanhão e a namorada também era uma chata, é compreensível!! Já se for a mulher... é PUTA, é vaca e ainda merecia levar um murro no focinho!
* Se um homem, seja o trabalhador ali das obras na esquina, ou o senhor executivo que conduz um BMW, passar por uma beldade e lhe mandar uns quantos grunhos de desejo, ou mera selvajaria, é de macho, o que é bom é para se comentar e, afinal de contas, ela é que provocou ao usar aquela mini-saia! Agora, se as mulheres começassem a ter essa atitude, a gritar a alto e bom som coisas do género "Oh bom, comia-te todo! Dava-te uma que nem te aguentavas!"... era PUTA, ninfomaníaca, tarada, maluca e não ficaria nada bem!
* Se um homem se envolver numa orgia, vamos imaginar, com 5 mulheres, é, no mínimo, um heroi nacional, um sortudo, um verdadeiro macho latino, um mestre a ser venerado para o resto da vida! E se fosse uma mulher? LOL... Acertaram!: era uma grande PUTA!

Como vêem, poderia dar muitos mais exemplos que todos vocês podem comprovar facilmente, basta observarem atentamente o que se passa à vossa volta.

Tudo isto para dizer que o homem é um grande HIPÓCRITA!
É verdade e, como todas as verdades, custa a ouvir! Há séculos que a mulher se quer submissa, um verdadeiro tapete persa para o homem limpar os pés. Mas, meus senhores, não terá o tempo das cavernas saído de moda?

Não há quem vos entenda: vocês criticam a mulher espetaculosa (que se mostra, que se arranja, que usa fio dental e peitos arrebitados) mas, ironia das ironias, é exactamente para essas que vocês mandam piropos, com quem traem as vossas companheiras, que mais malucos vos deixam! Será que não conseguem perceber a contradição da coisa?

Antes de terminar, quero salientar respeitosamente que só enfia a carapuça quem quer. Logo, este post só deverá gerar tumulto entre aqueles que se identificam com esta teoria pré-histórica a que me refiro. Bem sei, e as mulheres de forma geral também o sabem, que nem todos os homens são iguais e que já existem muitos que respeitam a igualdade entre sexos, seja no trabalho ou no engate!

Basicamente vivemos numa sociedade onde, quando a mulher tem uma atitude tão agressiva quanto o homem, especialmente no que toca ao sexo e às relações, é PUTA! Até nisso os homens são básicos: na eterna arte de criticar e ofender aquilo que os assusta!

Provavelmente têm medo que sejam agora vocês os apalpados na rua, os massacrados com piropos do mais ordinário possível, os violados num arbusto qualquer.
... e se calhar até nem seria mal pensado: talvez começassem a respeitar mais as mulheres já que toda a gente tem, algures, uma irmã, uma mãe, uma prima, uma avó, uma namorada!

Quando vão perceber que não somos santinhas nenhumas, mas que também não queremos ser nenhumas monstras de estrogénio, sempre com o cio? SIM, nós mulheres também traimos, também gostamos de sexo, também gostamos de provocar, nunca dissemos que não...
... o problema é que vocês dedicam tempo demais a temer aquilo que sabem que um dia não vão controlar! What goes around, comes around!

A minha única tristeza é já não estar cá para viver no tempo em que os homens serão tão julgados e criticados como as mulheres nas suas atitudes... e aí, meus queridos, a vossa vida vai ser tão mais difícil!

LOLOLOLOLOLOL (riso maléfico a valer!)

domingo, 13 de maio de 2007

Little sins.... (Só pás meninas, os meninos hj tão d castigo!)


E de barba mal feita!
Apenas coloco aqui esta imagem por motivos pedagógicos: portanto, isto da barba mal feita é muito feio. Ainda pode ficar com pelos encravados ou assim! Muito mau! Não imitem!
Aiaiii

sexta-feira, 11 de maio de 2007

De homem para boi



Era de um filme, a teoria. Não me lembro do nome, outra comédia romântica exaltando l'amour. A teoria, porém, era fantástica e baseava-se no seguinte princípio: sabiam que um boi nunca procria, pronto, nunca faz o amor com a mesma vaca duas vezes? E estava assim explicada a razão para o comportamento cafageste dos homens. Está-lhes no sangue, não há como fugir! Se bem que comparar homens a bois seja algo agressivo, a protagonista partia daqui para uma revolução feminina, influenciando milhares de mulheres nas suas relações. Claro que, no fim, descobre o amor verdadeiro e queima as suas teorias numa grande fogueira onde aproveitam para assar marshmallows enquanto um violinista toca para eles (esta parte poderá ser algo fantasiada...).

Eu, porém, iria resgatar os papéis à fogueira e dedicar-me a explorar esse tema. Sabemos que o homem pensa mais vezes em sexo que a mulher, que as suas hormonas parecem kamikazes saltitantes, sempre dispostos a atirar-se de cabeça, e até nos é dito que a monogamia é anti-natural (boa desculpa... também a roupa o é, e eles usam-na..).

A traição é um comportamento quase tão comum entre os homens (seres humanos, não me refiro apenas ao sexo masculino... é melhor deixar isto claro antes que me venham bater a casa com archotes na mão gritando: BRUXA!!!) como o simples processo de assoar o nariz. Trai-se aqui e ali, sem grandes problemas, uns com mais facilidade outros com menos. Muitos traem, ninguém quer ser traído. Ora, isto, matematicamente, é complicado. Vai daí, separações há muitas, tudo porque um dia o boi se lembrou que não queria aquela vaca porque já a conhecia e decidiu experimentar a outra que era menos malhada.

Dizem que quando há amor não se trai. Não sou adepta dessa ideia, acredito que se pode trair e amar. As relações têm altos e baixos, e um mau momento não significa que já não se ame. E traições podem ser desculpadas. Perdoadas, esquecidas? Não me parece... A partir desse momento, surgem os fantasmas, aquela sensação que nos persegue e atormenta quando deitamos a cabeça na almofada e fazemos uma curta-metragem da nossa vida.

A grande diferença entre o homem e o boi é a RATIO HUMANA. Sim, isso mesmo, a racionalidade, os princípios e os valores com que nos orientamos. Não me refiro à moral, que condena (cada vez menos) esses gestos, mas aos nossos próprios princípios, com que construímos e mantemos a vida e as relações. Na vontade de trair, será assim tão difícil manter a razão?

É quando cede e trai que o homem se torna um boi.

Bem te quero...

...mal te quero.

Podia ser o título de uma canção pimba, cantada pelo grande Quim Barreiros, ou entoada entre berros de mulheres histéricas pelo famosíssimo Tony Carreira.

Mas não é. Infelizmente.

Se é um mal exclusivamente feminino ou se afecta homens e mulheres, ainda não percebi. Mas a verdade é que as mulheres são um ser inevitavelmente e permanentemente descontente. Se à primeira parece a típica frase machista, piadinha sobre o sexo femino, o facto é que esta máxima tem a sua verdade e nós, mulheres do séc. XXI deviamos pensar um bocadinho sobre isto.

Tenho vindo a aprender, ao longo dos meus ainda escassos anos de vida, que não existe o homem perfeito. Porque a perfeição não é estável, é mutável, e os nossos critérios vão-se alterando com o tempo. E ou o nosso companheiro muda com eles, ou então... lá está a mulher descontente!Estamos numa relação conturbada, cheia de problemas, gritos, discussões e rezamos a Deus por um homem melhor, mais compreensivo, meigo, calmo, responsável e maduro. Mas depois, quando encontramos o espécime tão procurado, chega a frase mestra, aquela que temos pronunciado invariavelmente em discussões de café: Será que ainda desejas o que consegues quando consegues aquilo que desejavas?

As teorias multiplicam-se, explicações procuram-se, puxamos os cabelos em busca de uma resposta que insiste em esconder-se: o que é que nos leva a ser assim? Porque é que nunca estamos satisfeitas?

Tenho de admitir que ainda sou daquelas que acreditam em almas gémeas... Assim sendo, será que só a nossa alma gémea poderá travar este processo diabólico de desejo - descontentamento? Cresci a acreditar que quando Ele aparecer eu vou perceber logo. Que há um click instantâneo, uma força invisível que nos puxa para Ele (Ele, o verdadeiro, a nossa alma gémea), e que no fim, tudo acabará com um bonito "e foram felizes para sempre". Só que a vida tem provado que almas gémeas não se encontram ao virar da esquina, e que clicks há muitos e que podem bem não passar de pura ilusão ou o vibrar do telemóvel no bolso das calças. Culpemos o cinema, por todas as suas fantasias, pelo embarrar com o estranho no metro e voilá aqui está o homem da nossa vida, alguém que, num dia de chuva, deixou o chapéu em casa como nós e nos olha sorrindo, o homem que nos bate no carro sem querer e, de repente, em vez de click faz CABUM: não temos carro mas temo-lo a ELE... Romance, romance, romance.

E lá vamos tentando, entre cliques e olhares, entre sorrisos e gestos, descobrir, no meio da multidão, aquele que traz o remédio para o nosso mal. Até lá, a vida é uma lição. Que cada realção seja mais um degrau no caminho para o nosso aperfeiçoamento, para no fim, quando o verdadeiro CLICK CABUM ou TRÁSXAPÁS chegar podermos mesmo dizer...


"And they lived happily ever after"


quinta-feira, 3 de maio de 2007

Paixão

Diz o dicionário: Paixão, do latim passione, significa sofrimento, sentimento excessivo, amor ardente, afecto violento, entusiasmo, cólera, grande mágoa, vício dominador, alucinação, sofrimento intenso e prolongado, parcialidade.
Haverá melhor sentimento que a paixão? Será que é um sentimento de jovens que, ao longo dos anos, perde a pujança e, quiçá, o sentido?
Como digo sempre: daria tudo para não amar ninguém durante toda a vida desde que vivesse a vida toda apaixonada! E digam lá se não seria, no mínimo, saboroso?
É isso que a paixão tem... tem um monte de palavras associadas que remetem para a explosão, para a exuberância, loucura, inconsequência, irreverência, demasia.
Quando se está apaixonado faz-se o amor por tudo que é canto... rasgam-se roupas... os relógios páram... as multidões desaparecem... os olhares são sempre intensos e fulminantes... o tudo passa a pouco... o fim passa a quero mais... é FOGO, é CALOR, é DESEJO, é potência máxima!
No mundo da paixão é sempre Verão... não há Inverno, não há frio, não há agasalhos, não há retiros... Paixão City está povoada de corpos que serão sempre apetecíveis (pelo menos enquanto a paixão existir); há sempre pessoas a dançar, o mais sensualmente possível, nas ruas; há uma onda de calor mórbido que se abate por toda a gente e as faz suar...
Paixão é adrenalina... é sensualidade... é jogo de cintura. São palavras loucas, sem nexo nem veracidade, mas que se gritam no quente da noite... é atrevimento... é luxúria... é o cravar das unhas... o morder da língua... a invasão do beijo... a ousadia do sussurro no ouvido... a malícia dum abraço... a obscenidade dum sorriso...
Paixão é ímpeto, é brutalidade, é veia palpitante, é afrodisíaco, é impulso, é vaga que entra sem pedir licença, que transforma o homem mais tolo num herói. Por onde passa destrói tudo: os princípios, as convicções, as inocências, os objectivos, os tabus. É um poder viciante, doentio, que exerce domínio, que empurra para além do limite, que nos faz querer desejar sempre mais e mais até à insanidade!
E porque não chamar as coisas pelos nomes?! Paixão também é SEXO, também é carne, é gemido, é saliva, é orgasmo, é tesão, é pele que queima ao toque (queima? não! arde!). É ter a capacidade de encontrar a excitação num gesto tão simples quanto apanhar o cabelo, andar, conduzir, falar, sentar-se...
É uma droga que, quando no nosso cérebro, nos alucina de tal forma que esquecemos as responsabilidades... o não vira sim a toda a hora... dizemos o que sentimos e não o que pensamos... perdemos preconceitos e reservas, medos e inibições... quebramos regras... cometemos crimes perfeitos... gritamos... entramos em paranóia... choramos... faltamos ao respeito... remetemos para o mais selvagem que há em nós... atropelamo-nos e atropelamos quem se atravessa no nosso caminho... tornamo-nos forças super destruidoras que não olham aos meios para atingir os fins... ficamos cegos, de desejo, claro!

Aiiiiiii... é demasiado intenso e complexo para pôr por palavras...

Moral da história?
(Apesar de não haver história nenhuma) paixão é bom... é muuuiiiiito bom... e como tudo que é tão bom acaba depressa, aconselho fervorosamente a viver cada paixão com a máxima entrega, como se se tratasse da primeira paixão, e com toda a sofreguidão possível, como se fosse a última...


... afinal de contas, nunca sabemos qual paixão vai resultar em Amor... nem se Amor é aquilo que realmente procuramos!

terça-feira, 1 de maio de 2007

Pensamentos

Ninguém disse que ia ser fácil...ninguém disse que ia correr bem sempre...ninguém disse que não ia passar por obstáculos duros...ninguém disse que ele era homem pra mim...ninguém disse NADA! Mas mesmo assim eu acreditei no que ninguém disse...mesmo assim eu acreditei que com ele tudo ia ser diferente...mesmo assim eu voltei a iludir-me...
Respeito o facto de cada pessoa reagir às situações que vão aparecendo, de maneiras diferentes... Respeito que o que para mim é um gesto de amizade, para ti, para ela ou para ele, seja mais que isso... Respeito objectivos diferentes, principios e valores muito diferentes. Não aceito que me ignorem, que fujam de conversas, que tenham atitudes influenciáveis... Não quero mais uma vida cheia de discussões, não quero uma relação sem resultado, e não quero que tudo à minha volta seja uma intriga....Quero paz e se não a tive até agora...chegou a altura de tê-la!Hoje tou triste...mas...melhores dias virão!=)